terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fatos eleitoreiros

Esta semana vimos fatos absurdos de impensada "violência contra a democracia"!

Primeiro, durante uma carreata da candidata Dilma, um balão d'água teleguiado foi atirado da janela de algum prédio, errando por pouco o alvo pretendido. Imediatamente, uma acessora do PT providenciou um guarda-chuva para salvaguardar a candidata, defendendo-a de futuros ataques.
Em outro momento, durante uma passeata do candidato Serra, uma violenta bolinha de papel foi atirada diretamente contra sua careca. Eu me pergunto: onde estavam os acessores do PSDB que não providenciaram um capacete? Devido a esta imperdoável falha, novos objetos, praticamente OVNs devido ao incrível poder de destruição e dificuldade em ser vistos, voltaram a atingir a careca, pela incapacidade tucana de se proteger contra ameaças inesperadas. Por sorte, toda a bravura, robustes e punjança do Serra permitiram que ele resistisse aos ataques ileso, sem cortes, sem ematomas, nem mesmo um mísero galo na cabeça.
Podemos concluir dos episódios que o PT está muito mais preparado contra os imprevistos e adversidades do mundo, conseguindo enfrentá-los com agilidade e criatividade. A crise mundial em 2009 foi um exemplo menos importante do que o da semana passada para mostrar esta capacidade. Já os tucanos, esperam levar paulada na cabeça pra depois dizer que dói...

Deixando de bobagens, quanto a reforma tributaria, desequilíbrio na previdência, reforma politica, política internacional, entre outras questões que não dão voto, continuamos sem propostas.
Enfim, boa sorte dia 31.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tentando escrever

Devido ao combo falta de tempo/inspiração/coragem para escrever por aqui, vou fazer um serviço preguiçoso e apenas copiar desses textículos que a gente recebe por e-mail aqueles que eu julgar interessante. No lugar de ficar encaminhando e-mails que, recebidos, sigam direto para a lixeira, aqui quem quiser ler, que leia; se não quiser..
Para iniciar essa "era" de ctrl+c, ctrl+v, vou fazer uma homenagem tardia ao dia do amigo com um texto que, no e-mail, foi atribuído a Oscar Wilde:

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim LOUCO E SANTO. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo LOUCO. Quero os SANTOS, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo LOUCOS E SANTOS, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pra onde nóis vai?


Outro dia passeando pela rede encontrei uns vídeos falando sobre os “Fundamentos Teóricos e as Consequências Práticas da Revolução Cultural desencadeada a partir de meados da década de 1960”. Confesso que sou um ignorante, pouco sei sobre o que se passou na época, e nem fui atrás de saber. De qualquer forma, os vídeos (que estão nos links abaixo) trazem bastante conteúdo sobre a época, com uma visão demasiadamente de direita (embora eu não seja grande fã da esquerda), além de uma bibliografia que não busquei confirmar. Mesmo assim, não é só mais um vídeo de um maluco no YouTube. Pois o que ele conta, infelizmente, faz bastante sentido.


Bem, assim como o bug do milênio e o armagedom do aquecimento global, (que já comentei aqui no blog)  não podemos acreditar e se assustar com toda teoria da conspiração que dizem por aí; como a descrição do meu blog  sugere, não é bom levar nada muito a sério. Porém, os efeitos dessa "revolução cultural", ou do seja lá o que for que está se passando no mundo, são bastante perceptíveis.
Trazendo o problema para uma esfera menor, especificamente para o meu pequeno mundo, eu me sinto realmente incomodado com o modo que o "sistema" me trata. Sou branco, católico, heterossexual, casado com minha primeira e única esposa (também branca), classe média, boa saúde, despesas em dia... resumindo: o mundo me odeia!! Sou tudo aquilo que incomoda as "minorias oprimidas"; valorizo todas as idéias repudiadas pelos movimentos "pró-alguma coisa"; não sou foco de nenhum programa social; não existe nenhuma ONG para me apoiar... e, pra piorar, ainda trabalho com exploração e produção de petróleo!! Putz, sou o inimigo do mundo!
Sendo menos palhaço, eu realmente me preocupo sobre como será o futuro, especialmente o meu e da minha família. Sou muito feliz pela educação que recebi dos meus pais, mas sinto no dia a dia que isso tem pouco valor. Ao ser educado, honesto, ético, volta e meia eu fico como o "bobão", "mané" e "looser". Poxa, será que meus pais erraram? Será que deveriam ter me feito ixperto, malandro? Mas, já era. Como papagaio velho não aprende a falar, vai ser difícil eu mudar minha índole. Volto então meu olhar a próxima geração, e aos filhos que eu pretendo ter. (Pretendo, mas não sei se devo... não sei se quero ser responsável pelo sofrimento de um ser humano, tendo que viver num mundo de miséria e violência banalizada, pornografia popularizada, e tantas outras mazelas.) Como será possível criar uma criança com todos os valores que eu prezo e torná-la um adulto capaz de sobreviver neste mundo?
Peço desculpas, mas não concluí absolutamente nada neste texto. Acho que a qualidade deste blog (e tem?) vem caindo um bocado... Para não ficar assim tão sem graça, volto para meus passeios na internet e deixo para reflexão essas tirinhas que já rodaram pelos meus e-mails. Peço que alguém me ajude a descobrir o que tem de errado no mundo... quero mesmo saber "pra onde nóis vai".
 
 

domingo, 10 de janeiro de 2010

Que Droga

Outro dia eu ia de ônibus para o trabalho quando entraram dois rapazes; enquanto um distribuía canetas e lapiseiras, o outro esbravejava lá da frente que é um ex-viciado em drogas, e que hoje está curado graças à instituição evangélica que o salvou daquele mundo. Agora, ele ajuda o trabalho da instituição, e vende as canetas para arrecadar fundos. Eu não comprei. Admito arrependimento por ser tão avarento. Mas é que além do meu típico mau-humor matinal e da cor extravagante da caneta que não me agradou, um pensamento frio e calculista me tomou a cabeça desde esse episódio. Logo irei explicar.
Toda quinzena eu junto meus cupons fiscais e coloco numa urna em frente à padaria que fica próxima de onde eu moro; as notinhas irão ajudar a associação das famílias dos deficientes auditivos da Bahia. Sei que é muito pouco o que faço, mas na minha mente fria e calculista, é melhor que comprar a caneta do ex-viciado no ônibus. Porque o surdo não tem culpa de ser surdo – ele nasceu ou ficou assim por causa de alguma doença; já o viciado, se drogou por livre e espontânea vontade, se divertiu com isso, e o tempo todo ele sabia o mal que estava fazendo a si mesmo. Posso ser um péssimo cristão negando ajuda aos necessitados; mas se tiver que eleger prioridades, o viciado vai ficar por último.
Falando em drogas, vamos ao paraíso delas. Não, não é a Holanda; é a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro. Outro dia recebi do meu tio carioquíssimo um e-mail com a campanha “Eu ajudei a destruir o Rio”. O texto todo você encontra no Google, mas resumindo, fala do fim da década de 70, quando nas influentes rodas da sociedade, entre artistas e jornalistas, a cocaína entrou na moda, se tornando o maior barato. A campanha estimula que estes mesmos influentes, hoje cientes do seu erro, assumam e digam: “Eu ajudei a destruir o Rio”. Vale colar adesivo no vidro do carro ou escrever no Twitter.
Quem vai aderir? Poucos. Que efeito vai causar? Nenhum. Algo como no filme Tropa de Elite: Sucesso de audiência, recorde de vendas até entre os DVDs piratas, super assistido antes mesmo da estréia. Fica muito claro no filme, para a cabeça tola e dualista das grandes massas, quem é o “mocinho” e quem é o “bandido” da história toda. Fica bem claro que o dinheiro que o playboy dá numa carreirinha vai parar na bala do fuzil que estoura os miolos de uma universitária. Mas o que mudou depois disso? Nada. O que acontece quando um ator global vai parar numa clínica de desintoxicação? Todos ficam com peninha dele. Mandam mensagens de apoio e tudo mais. E quando ele se “recupera”, vai chorar na TV dizendo como foi difícil superar tudo aquilo, ao som de musiquinha triste, com platéia emocionada, imagens da carreira, e toda a encheção de linguiça que a tarde de domingo merece. Realmente, sou eu o avarento de coração gelado; não compro caneta no ônibus nem choro vendo a celebridade ex-drogada. Será que só eu o vejo como um criminoso? Sim, um criminoso, que por um longo período comprou e se utilizou de um produto ilegal, adquirido de contraventores, que irão aplicar aquele dinheiro para manter seu poder através da violência!
Vamos pensar assim: se algum famoso compra um mico-leão dourado ameaçado de extinção de um caçador malvado, depois cria ele por anos numa gaiola no seu apartamento na Barra; será que, quando descoberto, ele vai chorar dizendo que está arrependido e a platéia emocionada vai chorar com ele e aplaudir o feito? Ou será que todos irão atirar pedras, alegando violência contra os animais, colaboração com a extinção da espécie, o desmatamento da amazônia, o aquecimento global e tudo mais que se puder acusar?
Deixa eu ver se entendi direito: maltratar os bichinhos, não pode. Financiar um complexo sistema internacional de drogas e violência: ah, que peninha, ele não sabia o que estava fazendo. Não me entenda mal, não tenho nada contra a natureza; mas acho que tem alguma coisa errada com a cabeça desse Brasil.