Jovem torcedor do América-RN foi assassinado com um tiro na cabeça quando retornava para casa, num ônibus fretado pela torcida, após um jogo contra o Ceará realizado no estádio Castelão,
Entidades muito representativas das quais não lembro o nome “investigam” o ocorrido; querem descobrir porque um menor de idade (17 anos) viajou para outro estado sem autorização dos pais; querem saber quem fretou o ônibus, quem era responsável pelos passageiros, porque escolheram aquele horário para volta, entre outras importantes questões que não me interessam. Por que para mim, só há um ponto a ser discutido: se não houvesse o disparo do revólver, não haveria ferido. Ainda assim, fico com a impressão de que descobrir a identidade do selvagem, criminoso e homicida que efetuou o disparo é o que menos importa para a sociedade.
Essa inversão de valores me faz lembrar um episódio menos recente; este, felizmente, sem vítimas fatais, quando o apresentador Luciano Huck teve seu Rolex tomado de assalto. Aproveitando seu espaço na mídia, escreveu uma carta de desabafo, repudiando o crime por ele sofrido. Muitos sujeitos que se julgam cultos encheram Huck de críticas, falando até numa suposta ‘justiça social’ que até hoje não fui capaz de compreender. Lembro-me apenas de um outro caso: há umas três semanas, roubaram a bicicleta do Seu Nonato, caseiro do meu sitio. Para mim, trata-se do mesmo caso: Luciano e Seu Nonato foram as vítimas e os bandidos foram bandidos, criminosos, pessoas que agiram fora da lei, tomaram posse de bem alheio para benefício próprio usando-se de ameaça e violência, e permanecem gozando da impunidade.
Voltando ao jovem torcedor, a situação é bastante clara: ele foi a vítima, o atirador é um criminoso. Nada mais há para ser discutido. Fale em rivalidade de torcidas, fale em ofensas trocadas pelo Orkut, qualquer coisa que se fale, nada justifica que um ser humano tire a vida de outro; nenhuma outra questão é importante.
Poderia encerrar aqui este texto mas, apenas por reflexão, gostaria de propor uma pergunta: entre matar e morrer, qual seria sua escolha? Pode usar a “legítima defesa” como justificativa para sua escolha, você teria o amparo da justiça, mas antes pense: se todos escolhessem morrer, não haveria mais homicídios.
3 comentários:
eu hein, o q vc tá sugerindo///
ah, eu sou o visittante numero 30!
bj
Nossa, o texto tava compreensível, mas o final foi muito além da minha capacidade...
Eu lembrei de uma coisa: essa coisa meio maluca acontece sempre, quando há incapacidade de resolver um problema, busca-se sempre um culpado, ao invés de atestarmos nossa própria incompetência. É mais fácil dizer que a dor de bariga doi culpa da comida estragada do que sua que comeu demais! Essa metáfora (que só podia vir de alguém que gosta de comidda! hehe) pode ser levada pra esse plano da violência. Pra que saber de quem é a culpa de um meniniho indefeso de 17 anos (até parece...) estar viajando sozinho.. Provavelmente nem pai tinha, sei lá! E muito provavelmente quem efetuou o disparo foi alguém de menos idade ainda!!!! Sei não, a única coisa que sei é que vivo uma realidade surreal que não entendo, mas que tento vivê-la por acreditar que um dia vai mudar... com ou sem minha ajuda!
Quanto ao final maluco, muita calma! Não estou - de forma alguma - incitando um suicidio coletivo, hehehe... pra tentar entender, procura sobre um cara mais esperto que eu que uma vez falou "bem aventurados os brandos..." tem a ver com isso; uma pessoa branda jamais será homicida.
Muito grato pelos comentários!
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