sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz 2012 dC

Há alguns milhares de anos, antens de surgir o que chamamos civilização, nós humanos vivíamos como animais selvagens, nos abrigávamos em cavernas ou contruções rudimentares, usávamos lanças ou utensílios de pedra como armas, e disputávamos entre os da mesma espécie por território, alimentos e fêmeas. Era algo semelhante aos macacos que assistimos se espancando num documentário do Discovery Channel.
Hoje em dia, muito eveluímos: por exemplo, podemos usar um Smartphone para ligar o ar-condicionado do quarto ou o forno microondas enquanto estamos no trânsito a caminho de nossa casa inteligente. Sem dúvida, um grande avanço tecnológico em relação à pedra lascada. E, enquanto civilização, muito avançamos também. Será?
Afinal, o que diferencia os humanos dos selvagens? Muitos já buscaram responder esta questão. Mais do que isso, já tentaram nos ensinar a ser mais humanos que selavagens. Sem dúvida, podemos destacar Jesus como um desses homens. Para se ter uma idéia de quão especial foi este ser para a humanidade, basta observar que nosso calendário, que data a nossa história, está dividido ates e depois da vinda de Cristo. Entre tantos ensinamentos, Jesus disse "amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Se você é ateu, ou qualquer outra coisa, procure atentar-se a segunda parte: amai ao próximo como a si mesmo.
Agora, use sua internet para acessar qualquer site de notícias. Guerras, atentados, sequestros, assassinatos. Seja em territórios instáveis, como a Síria e "comunidades" do Rio de Janeiro (chamar de favela é feio), ou mesmo numa bela casa do mais tranquilo bairro, nós humanos continuamos nos matando em troca de territórios, alimentos (ou drogas) e fêmeas. Onde foi parar o "amar ao próximo como a si mesmo" que Jesus disse há dois mil anos? Ninguém aprendeu? Ou o amor próprio é que anda em falta?
Enfim, nossa tecnologia evoluiu. Nosso comportamtento, nem tanto. Somos os mesmos selvagens, com lanças e pedras evoluídas. Nada longe de um macaco com um fuzil.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Combate à Corrupção

Quando um grande grupo de manifestantes se reúne em protesto exigindo o combate a corrupção, eles conseguem um efeito tão (in)significante quanto o de uma candidata a miss universo clamando pela paz mundial. Por uma razão muito simples: é um protesto genérico demais para ter algum efeito.
Não que marchas e protestos em si não tenham efeito. Pelo contrário, é uma ferramenta muito especial, um trunfo para o povo conseguir seus direitos. É, inclusive, muito mais visível e eficiente do que estas “manifestações virtuais”, de redes sociais ou de bolgueiros (como este que vos escreve). No entanto, é preciso uma mudança de foco: combater os corruptos, não a corrupção. Oras, enquanto o povo quiser combater “a corrupção”, estará combatendo uma entidade vaga, um fantasma. Porém, no momento em que se liga o crime a um suspeito, cria-se um “rosto” para a corrupção; alguém para ser investigado, julgado e punido.
Muitas bandeiras já se agitaram no combate a corrupção. Muitos políticos já usaram esta idéia como promessa de campanha. Mas, tomando um exemplo icônico: alguém já prometeu não permitir que fique impune o Paulo Maluf? Dono de um currículo invejável, este senhor coleciona denúncias de corrupção, superfaturamento de obras públicas e lavagem de dinheiro; foi inspiração para o verbo “malufar”, e já há mais de um ano foi incluído na lista de procurados da Interpol, podendo ser preso em 181 países. A população, no entanto, não parece se revoltar com o assunto, pelo menos não o meio milhão de eleitores que fizeram de Maluf o terceiro candidato mais votado de São Pulo para deputado federal em 2010. (Prezado Maluf, por favor: não fale da Sra. Minha Mãe).
Me parece que o brasileiro tem mesmo um problema em relação a “fazer” as coisas: sempre espera que alguém faça por eles (este fato, inclusive, está dando muito ibope para vários programas de TV: esquadrão do amor, lar doce lar, sonhar mais um sonho, etc, mas isso dá assunto pra outra postagem...). E não é diferente quanto a corrupção. O brasileiro se diz contra a corrupção, mas acha que não cabe a ela combatê-la. Isso é coisa “pras autoridade”. Tanto que a ‘lei da ficha limpa’ virou queridinha do povo, e muitos candidatos que não teriam nenhuma influência sobre a aplicação desta lei até a usaram como plataforma de campanha: “eu apoio a ficha limpa!” como se isso fizesse deles candidatos melhores, mais honestos ou bem preparados. Ainda bem que o STF não aprovou tal lei, que é inconstitucional: todos são inocentes até que se prove o contrário (inclusive o Maluf). Oras, a tarefa de escolher o candidato é do povo, não do TSE, TRE ou da autoridade que seja. Não é à toa que se chama democracia. Inclusive, este tribunal disponibiliza todo o perfil dos candidatos: desde partido, idade, local de nascimento, até a declaração de bens e a tão falada “ficha”, onde constam todos os processos pelos quais o candidato responde. Portanto, basta ao eleitor uma pequena olhada na ficha do candidato para decidir ele mesmo se tal ficha é “limpa” ou não. Fora que, se tal lei emplacasse, seria fácil ganhar uma eleição: acuse seu concorrente de qualquer coisa para torná-lo inelegível! Era só molhar a mão das pessoas certas, enfim, bastava um pouco mais de corrupção.
Mas, infelizmente, o fato é que acessar internet para consultar o perfil de um candidato a representante do povo, que vai passar os próximos quatro ou oito anos ganhando salários absurdos para definir os passos do país é chato, além do mais dá muito trabalho... Melhor curtir o Facebook, que aliás, tá bombando!

sábado, 24 de setembro de 2011

Hora de superar traumas.

Nasci em 85. Não vivi a ditadura. Mas sinto todos os dias os “traumas” que ela deixou.
Se sei algo sobre ditaduras, é que não quero viver em uma. O Brasil fez muito bem em conquistar a democracia.
E se sei algo sobre traumas, é que eles devem ser curados. E já está mais do que na hora de o Brasil democrático superar os traumas da ditadura.
Para quem não sabe, num estado democrático, as leis existem para garantir a segurança e o bem estar do cidadão e da sociedade. Um exemplo simples, com leis de trânsito: existe um semáforo num cruzamento. Se o sinal está vermelho, você não deve cruzá-lo. Caso desrespeite a lei, poderá colidir com um veículo que passava no sinal verde (respeitando a lei). Com a colisão, você e o outro poderão se ferir ou mesmo morrer. Quando um desrespeita a lei, sai perdendo não só o cidadão, como toda a sociedade (no exemplo, o motorista que respeitava a lei).
Já no Brasil traumatizado, a lei vem acompanhada de um vulto ditatorial de oprimir a sociadade. Ficou na cabeça de várias gerações, de que certo mesmo é desreipeitar as leis. Esquivando, ludibriando, dando um jeitinho, pagando por fora, o esperto estaria se dando bem. “Infelizmente”, não estamos na ditadura, mas no estado democrático, e o esperto acaba prejudicando toda a sociedade. E a cultura “contra-lei” é tão aprofundada que não se limita a leis do estado, mas até a regras básicas de convívio humano. Assim, em todo lugar sempre existe um esperto que, querendo se dar bem, prejudica a sociedade: no trânsito, nas filas dos bancos, nas empresas, escolas e também na política. E toda vez que um esperto se dá bem, toda a sociedade perde.
Conhecido o problema, temos solução?
Siceramente, duvido. Ocorre que toda essa geração traumatizada com a lei ensinou a seus filhos que autoridade é um problema, algo a ser combatido. E essas crianças aprenderam tão bem, que não respeitam nem mesmo a autoridade dos pais. Professores tem medo de lecionar aos alunos, tão cheios de direitos, mas sem nenhum dever. O que acontece quando essas crianças crescerem? Que noção terão de sociedade, leis, e respeito? O que podemos esperar para o futuro do país? Como esperar um trânsito menos violento sem respeitar a velocidade? Como esperar menos crimes sem respeitar a polícia? Como esperar menos corrupção sem o respeito às leis? Como esperar menos drogas, menos doenças, sem o respeito a vida?
Nasci em 85. Não vivi a ditadura. Vi seis presidentes, e um impeachment. Vi também seis eleições diretas para presidente; eu mesmo votei em três delas. Apesar de percalços, isto é sim uma democracia. Está na hora de começar a vivê-la.

Nota: tente se lembrar dos seis presidentes que mencionei. É mais difícil que lembrar da escalação da seleção nas últimas copas (até menos importante talvez), mas você consegue!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fatos eleitoreiros

Esta semana vimos fatos absurdos de impensada "violência contra a democracia"!

Primeiro, durante uma carreata da candidata Dilma, um balão d'água teleguiado foi atirado da janela de algum prédio, errando por pouco o alvo pretendido. Imediatamente, uma acessora do PT providenciou um guarda-chuva para salvaguardar a candidata, defendendo-a de futuros ataques.
Em outro momento, durante uma passeata do candidato Serra, uma violenta bolinha de papel foi atirada diretamente contra sua careca. Eu me pergunto: onde estavam os acessores do PSDB que não providenciaram um capacete? Devido a esta imperdoável falha, novos objetos, praticamente OVNs devido ao incrível poder de destruição e dificuldade em ser vistos, voltaram a atingir a careca, pela incapacidade tucana de se proteger contra ameaças inesperadas. Por sorte, toda a bravura, robustes e punjança do Serra permitiram que ele resistisse aos ataques ileso, sem cortes, sem ematomas, nem mesmo um mísero galo na cabeça.
Podemos concluir dos episódios que o PT está muito mais preparado contra os imprevistos e adversidades do mundo, conseguindo enfrentá-los com agilidade e criatividade. A crise mundial em 2009 foi um exemplo menos importante do que o da semana passada para mostrar esta capacidade. Já os tucanos, esperam levar paulada na cabeça pra depois dizer que dói...

Deixando de bobagens, quanto a reforma tributaria, desequilíbrio na previdência, reforma politica, política internacional, entre outras questões que não dão voto, continuamos sem propostas.
Enfim, boa sorte dia 31.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tentando escrever

Devido ao combo falta de tempo/inspiração/coragem para escrever por aqui, vou fazer um serviço preguiçoso e apenas copiar desses textículos que a gente recebe por e-mail aqueles que eu julgar interessante. No lugar de ficar encaminhando e-mails que, recebidos, sigam direto para a lixeira, aqui quem quiser ler, que leia; se não quiser..
Para iniciar essa "era" de ctrl+c, ctrl+v, vou fazer uma homenagem tardia ao dia do amigo com um texto que, no e-mail, foi atribuído a Oscar Wilde:

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim LOUCO E SANTO. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo LOUCO. Quero os SANTOS, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo LOUCOS E SANTOS, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pra onde nóis vai?


Outro dia passeando pela rede encontrei uns vídeos falando sobre os “Fundamentos Teóricos e as Consequências Práticas da Revolução Cultural desencadeada a partir de meados da década de 1960”. Confesso que sou um ignorante, pouco sei sobre o que se passou na época, e nem fui atrás de saber. De qualquer forma, os vídeos (que estão nos links abaixo) trazem bastante conteúdo sobre a época, com uma visão demasiadamente de direita (embora eu não seja grande fã da esquerda), além de uma bibliografia que não busquei confirmar. Mesmo assim, não é só mais um vídeo de um maluco no YouTube. Pois o que ele conta, infelizmente, faz bastante sentido.


Bem, assim como o bug do milênio e o armagedom do aquecimento global, (que já comentei aqui no blog)  não podemos acreditar e se assustar com toda teoria da conspiração que dizem por aí; como a descrição do meu blog  sugere, não é bom levar nada muito a sério. Porém, os efeitos dessa "revolução cultural", ou do seja lá o que for que está se passando no mundo, são bastante perceptíveis.
Trazendo o problema para uma esfera menor, especificamente para o meu pequeno mundo, eu me sinto realmente incomodado com o modo que o "sistema" me trata. Sou branco, católico, heterossexual, casado com minha primeira e única esposa (também branca), classe média, boa saúde, despesas em dia... resumindo: o mundo me odeia!! Sou tudo aquilo que incomoda as "minorias oprimidas"; valorizo todas as idéias repudiadas pelos movimentos "pró-alguma coisa"; não sou foco de nenhum programa social; não existe nenhuma ONG para me apoiar... e, pra piorar, ainda trabalho com exploração e produção de petróleo!! Putz, sou o inimigo do mundo!
Sendo menos palhaço, eu realmente me preocupo sobre como será o futuro, especialmente o meu e da minha família. Sou muito feliz pela educação que recebi dos meus pais, mas sinto no dia a dia que isso tem pouco valor. Ao ser educado, honesto, ético, volta e meia eu fico como o "bobão", "mané" e "looser". Poxa, será que meus pais erraram? Será que deveriam ter me feito ixperto, malandro? Mas, já era. Como papagaio velho não aprende a falar, vai ser difícil eu mudar minha índole. Volto então meu olhar a próxima geração, e aos filhos que eu pretendo ter. (Pretendo, mas não sei se devo... não sei se quero ser responsável pelo sofrimento de um ser humano, tendo que viver num mundo de miséria e violência banalizada, pornografia popularizada, e tantas outras mazelas.) Como será possível criar uma criança com todos os valores que eu prezo e torná-la um adulto capaz de sobreviver neste mundo?
Peço desculpas, mas não concluí absolutamente nada neste texto. Acho que a qualidade deste blog (e tem?) vem caindo um bocado... Para não ficar assim tão sem graça, volto para meus passeios na internet e deixo para reflexão essas tirinhas que já rodaram pelos meus e-mails. Peço que alguém me ajude a descobrir o que tem de errado no mundo... quero mesmo saber "pra onde nóis vai".
 
 

domingo, 10 de janeiro de 2010

Que Droga

Outro dia eu ia de ônibus para o trabalho quando entraram dois rapazes; enquanto um distribuía canetas e lapiseiras, o outro esbravejava lá da frente que é um ex-viciado em drogas, e que hoje está curado graças à instituição evangélica que o salvou daquele mundo. Agora, ele ajuda o trabalho da instituição, e vende as canetas para arrecadar fundos. Eu não comprei. Admito arrependimento por ser tão avarento. Mas é que além do meu típico mau-humor matinal e da cor extravagante da caneta que não me agradou, um pensamento frio e calculista me tomou a cabeça desde esse episódio. Logo irei explicar.
Toda quinzena eu junto meus cupons fiscais e coloco numa urna em frente à padaria que fica próxima de onde eu moro; as notinhas irão ajudar a associação das famílias dos deficientes auditivos da Bahia. Sei que é muito pouco o que faço, mas na minha mente fria e calculista, é melhor que comprar a caneta do ex-viciado no ônibus. Porque o surdo não tem culpa de ser surdo – ele nasceu ou ficou assim por causa de alguma doença; já o viciado, se drogou por livre e espontânea vontade, se divertiu com isso, e o tempo todo ele sabia o mal que estava fazendo a si mesmo. Posso ser um péssimo cristão negando ajuda aos necessitados; mas se tiver que eleger prioridades, o viciado vai ficar por último.
Falando em drogas, vamos ao paraíso delas. Não, não é a Holanda; é a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro. Outro dia recebi do meu tio carioquíssimo um e-mail com a campanha “Eu ajudei a destruir o Rio”. O texto todo você encontra no Google, mas resumindo, fala do fim da década de 70, quando nas influentes rodas da sociedade, entre artistas e jornalistas, a cocaína entrou na moda, se tornando o maior barato. A campanha estimula que estes mesmos influentes, hoje cientes do seu erro, assumam e digam: “Eu ajudei a destruir o Rio”. Vale colar adesivo no vidro do carro ou escrever no Twitter.
Quem vai aderir? Poucos. Que efeito vai causar? Nenhum. Algo como no filme Tropa de Elite: Sucesso de audiência, recorde de vendas até entre os DVDs piratas, super assistido antes mesmo da estréia. Fica muito claro no filme, para a cabeça tola e dualista das grandes massas, quem é o “mocinho” e quem é o “bandido” da história toda. Fica bem claro que o dinheiro que o playboy dá numa carreirinha vai parar na bala do fuzil que estoura os miolos de uma universitária. Mas o que mudou depois disso? Nada. O que acontece quando um ator global vai parar numa clínica de desintoxicação? Todos ficam com peninha dele. Mandam mensagens de apoio e tudo mais. E quando ele se “recupera”, vai chorar na TV dizendo como foi difícil superar tudo aquilo, ao som de musiquinha triste, com platéia emocionada, imagens da carreira, e toda a encheção de linguiça que a tarde de domingo merece. Realmente, sou eu o avarento de coração gelado; não compro caneta no ônibus nem choro vendo a celebridade ex-drogada. Será que só eu o vejo como um criminoso? Sim, um criminoso, que por um longo período comprou e se utilizou de um produto ilegal, adquirido de contraventores, que irão aplicar aquele dinheiro para manter seu poder através da violência!
Vamos pensar assim: se algum famoso compra um mico-leão dourado ameaçado de extinção de um caçador malvado, depois cria ele por anos numa gaiola no seu apartamento na Barra; será que, quando descoberto, ele vai chorar dizendo que está arrependido e a platéia emocionada vai chorar com ele e aplaudir o feito? Ou será que todos irão atirar pedras, alegando violência contra os animais, colaboração com a extinção da espécie, o desmatamento da amazônia, o aquecimento global e tudo mais que se puder acusar?
Deixa eu ver se entendi direito: maltratar os bichinhos, não pode. Financiar um complexo sistema internacional de drogas e violência: ah, que peninha, ele não sabia o que estava fazendo. Não me entenda mal, não tenho nada contra a natureza; mas acho que tem alguma coisa errada com a cabeça desse Brasil.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Questão de ponto de vista

Bom, essa historinha não é de autoria minha. Também não sei quem inventou, mas é bem interessante. Resumindo, ilustra muito bem quão ridículas podem ser as opiniões formadas sobre um assunto do qual ninguém entende... Cinco cegos tatearam um elefante sem saber do que se tratava e, depois, disseram o que "viram". Cada um ficou com uma parte diferente do elefante: Um disse que era um tronco de uma árvore (perna) Outro disse que era uma parede meio rugosa (corpo) O terceiro viu um espanador de cabeça para baixo (cauda) Os outros dois juram que era uma tromba....

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Rapidinho

Pra onde foi a crise mundial? Acho que pegou gripe suína... Mas, e a gripe suína? Como bom porquinho, ganhou um emprego do tio Sarney e sumiu. E o ilustre Senador, por onde onda? Não interessa, Rubinho ganhou a corrida!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Viva o Profissionalismo

A propaganda de cerveja da qual não recordo o nome afirma que mestre cervejeiro não é aquele que fabrica a cerveja, mas quem bebe. Qualquer sujeito racional conclui daí que o bebum da budega da esquina pode dizer, com grande precisão, se houve algum erro na quantidade de malte, ou no tempo de fermentação do lote daquela cerveja que ele está tomando. Com certeza, o bebum até sabe o que é malte, afinal, ele é o "mestre cervejeiro".
Pois foi com um argumento muito semelhante que o Supremo Tribunal Federal – STF, que jornalista é aquele que escreve algum texto, com a nobre intenção de exercer sua liberdade de expressão, não quem passou anos se graduando numa faculdade buscando conhecimentos de Ensino Superior para exercer a (ex) profissão de jornalista. Aliás, buscando o lado bom da coisa (se é que existe), eu, um simples blogueiro, acabo de ser promovido: sou agora um jornalista! E este medíocre texto é uma notícia! Êêê! Olha que legal! Aposto que ninguém nunca tinha visto uma “notícia” com tantos pontos de exclamação, quiçá um “êêê”. Deve ser isso que chamam liberdade de expressão...
Na minha cabeça, nós vivemos numa época extraordinária, com uma incrível facilidade de acesso a informações. E por isso mesmo, achava que quem necessitasse de alguma forma sentir-se livre para expressar suas opiniões a seja lá que público fosse, podia a qualquer momento, gratuitamente, criar um blog. Eu até criei um pra mim! E também na minha cabeça (e pelo jeito só na minha cabeça mesmo) achei que jornal era uma coisa séria, onde eu podia encontrar informações verídicas, de forma clara e objetiva e, principalmente, imparciais: livres da opinião de quem as publicava, com o justo compromisso com a verdade.
Comecei a desconfiar que estava enganado quando soube por alguma notinha de rodapé que a validade do Diploma de Jornalismo estava para ser julgada e a grande mídia não dava a menor importância. Não muito mais tarde, vi uma capa da “conceituada” revista Veja com uma caveirinha e o título: “Loucos Atômicos”, sobre a Coréia do Norte. Nada mais imparcial. Por que dizer apenas: “Coréia do Norte faz testes com mísseis, deixando alertas Japão e Estados Unidos”, ou qualquer coisa parecida. Chama logo de Louco, ditador maluco comedor de criancinhas ou coisa parecida.
Comecei também a me sentir menos sozinho neste pensamento quando vi que a Petrobras, com seu quadro de comunicação constituído de Jornalistas e Publicitários formados (Graduação no mínimo) e inúmeros técnicos, todos concursados – não eleitos ou indicados – criou um blog onde coloca na íntegra a sua resposta aos meios de comunicação http://petrobrasfatosedados.wordpress.com/. Acontece que os “jornais” com seus “jornalistas” entrevistavam a empresa e publicavam apenas partes da resposta da Petrobrás, plotando informações não condizentes com a realidade e trazendo prejuízos à imagem da empresa. O Globo foi o que mais reclamou desta “postura” da Petrobrás, que atacava a ética do jornalismo. Coincidentemente, o Globo foi um dos primeiros a se mostrar favorável à decisão do Supremo... Voltando a Veja, vi hoje ela dizendo que a decisão “livra o país de uma herança da ditadura”. (hein?) Tudo a ver mesmo, profissionalismo deve ter vindo da ditadura. Aliás, já está mais do que na hora de o Brasil se livrar de outras heranças malditas, como essa praga Romana chamada Direito! Quem é que precisa de leis afinal? E o que dizer da maldição Egípcia da Engenharia? Foi justamente ao não permitir a liberdade de expressão aos escravos construtores que o cartel de engenheiros sem criatividade insistiam na monótona forma de pirâmide que resultou num amontoado de blocos de pedras com uns milhares de anos de idade. Malditos ditadores faraônicos...
Mas aqui no Brasil, um país de tolos, essa decisão não surpreende. Desde quando o estudo vale alguma coisa? Aqui o Doutor (PhD) ganha menos que o analfabeto que joga bola; ex-BBB é profissão (qualquer dia tem até sindicato); pra ser atriz basta ter a bunda grande; pra ser vereador não precisa saber ler; e pra ser presidente, não precisa ser graduado, não precisa nem falar português direito... por que um jornalista ia querer um diploma?